sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Retornando à Vila Zumbi - questões pendentes de um trabalho incompleto


Retornando à Vila Zumbi

Muitos projetos começam de forma completamente diferente da forma com que terminam ou são retomados alguns anos mais tarde. Em Colombo, o que era para ser uma atividade de educação ambiental e ecológica conduzida por diversas entidades, inclusive o LIONS e a FAE/Bom Jesus, desaguou para ações de questionamento forte contra autoridades que relaxaram terrivelmente na avaliação de técnicas e soluções, pior ainda, no processo de comunicação e negociação com o povo que ocupara, equivocadamente, um lugar que de preservação ambiental e parcialmente dentro da área de contenção de águas formada pela Rodovia Regis Bittencourt, um autêntico dique naquelas condições [(Destaques da reunião com a COHAPAR, 2012), (O desafio de corrigir soluções mal aplicadas na Vila Zumbi, 2012), (Entrega de ofício ao Dr. Mílton Buabssi, 2010), (Acordos feitos na Vila Zumbi - o que foi prometido e realizado, 2009)].
O grupo formado por pessoas experientes e com excelente formação procurou todos os meios legais para que as autoridades agissem de forma adequada, o que não aconteceu.
A visão ecológica e ambiental deu lugar ao resgate de um povo mal amparado.
Para maior entendimento transcrevemos o que o coordenador do (Projeto Zumbi - Mauá), Professor e CL Professor Nílson Pegorini, escreveu sobre a retomada dessa atividade junto ao povo daquela vila e agora retomando contatos com a nova equipe no comando da COHAPAR:
“O projeto Zumbi/Mauá - Ação Ecológica, desenvolvido nas comunidades da Vila Zumbi e Centro Industrial Mauá, no Município de Colombo/PR, teve início em fevereiro de 2007, sob a liderança do Colégio Bom Jesus e FAE Centro Universitário e com parceria de entidades locais (Escolas, Associações de Moradores, Unidade de Saúde, ONG APOIO, Centro de Convivência e Aprendizado Graciosa, Igrejas), de entidades do entorno e externas (Lions Clube Curitiba Batel, Condomínio Alphaville, Clube Santa Mônica, CPRA, Aliança Empreendedora) e ainda entidades de governo (Prefeitura de Colombo, Cohapar, Sanepar, Copel). Ao longo do tempo foi recebendo apoio e parceria de novas entidades e empresas tais como a Unibrasil, a PUCPR, a FIEP/PR, do Lions Clube Curitiba Centro, da AMA São Lourenço, da Renault do Brasil, da ABDC, e outras.
O projeto nasceu do desejo firme e da mobilização de pessoas e entidades preocupadas com o meio ambiente ameaçado, bem como com a realidade sofrida de duas comunidades que há mais de vinte anos lutam com muitas dificuldades, mas teimosamente, para superar seus problemas e dificuldades.
O projeto inicial era bastante modesto, com o objetivo geral de desenvolver ações socioambientais de caráter permanente, com foco na educação e cidadania e com objetivos específicos de garantir à comunidade melhores condições de vida e bem estar, elevar sua autoestima a partir da melhoria e embelezamento do bairro, possibilitando a mobilização e transformação da comunidade.
Essa articulação se manteve até o final de 2010, quando se decidiu interromper as reuniões e que as entidades externas continuariam atentas e solidárias às necessidades das comunidades.
Parecia suficiente o que se fizera, mas diante da diferença de “prestígio” entre os moradores da Vila Zumbi e as autoridades voltamos para mediação de contratos e compromissos.
Em agosto de 2012 foram retomadas as reuniões com o interesse mais específico de solução de problemas pendentes relativos à regularização fundiária, obras de infraestrutura, em especial a pavimentação das ruas, e obras a serem realizadas no interesse da comunidade: sede da Associação de Moradores, barracão da Cooperativa de Reciclagem, nova Unidade de CMEI e outras. Essas reuniões envolvem lideranças das comunidades, Prefeitura de Colombo, Cohapar e entidades de apoio, em especial a FAE Centro Universitário, Colégio Bom Jesus e Lions Clube Curitiba Batel.”  
Aprendemos muito com essas atividades e sentimos o distanciamento estratosférico do nosso povo em relação a seus direitos e deveres assim como ao próprio governo, que em seus níveis de poder desconhece com profundidade a psique por detrás da imagem desses inúmeros brasileiros. Criados sem apoio e escolaridade suficientes são vítimas fáceis de qualquer exploração material, política e social.
Felizmente os tempos são outros (graças à internet, blogs, youtube e até grampos que o Ministério Público e o Poder Judiciário têm usado), com mais diálogo esperamos ver boas soluções para aquela gente sofrida. O blog Projeto Zumbi - Mauá mostra em inúmeros filmes de diversas reuniões e reportagens o que aconteceu, justificando esse retorno.

Cascaes
18.9.2012
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Projeto Zumbi - Mauá: http://zumbimaua.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (2009). Acordos feitos na Vila Zumbi - o que foi prometido e realizado. Fonte: Projeto Zumbi - Mauá: http://zumbimaua.blogspot.com.br/2009/10/acordos-feitos-na-vila-zumbi-o-que-foi.html
Cascaes, J. C. (2010). Entrega de ofício ao Dr. Mílton Buabssi. Fonte: Projeto Zumbi - Mauá: http://zumbimaua.blogspot.com.br/2010/04/blog-post.html
Cascaes, J. C. (2012). Destaques da reunião com a COHAPAR. Fonte: Projeto Zumbi - Mauá: http://zumbimaua.blogspot.com.br/2012/09/blog-post.html
Cascaes, J. C. (2012). O desafio de corrigir soluções mal aplicadas na Vila Zumbi. Fonte: Projeto Zumbi - Mauá: http://zumbimaua.blogspot.com.br/2012/09/o-desafio-de-corrigir-solucoes-mal.html



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