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O assassinato de Ângela Diniz há 40 anos em Búzios marcou o início de
uma mudança de paradigma na sociedade e na Justiça brasileiras sobre o direito
da mulher à vida. Até então, prevaleciam nos tribunais as teses da
"legítima defesa da honra e da dignidade" e do "assassinato por
amor". Vítima de assassinato - hoje chamado de feminicídio -, a mulher
acabava sendo julgada pelo seu comportamento sexual, como se este pudesse
justificar o crime cometido pelo homem. Muitos assassinos de mulheres ficavam
impunes. Nem mesmo o divórcio era legalizado - a mulher separada ou
"desquitada" era socialmente desprezada, discriminada e excluída de
muitos ambientes da vida social.
A partir deste caso, as mulheres brasileiras ergueram suas vozes com a campanha
"Quem ama não mata". Infelizmente os assassinatos continuam a
ocorrer, porém a estrutura de Estado e a formação jurídica desde então vêm
passando por mudanças, destacando-se a criação das delegacias da mulher, casas
de abrigo, varas judiciais especializadas, o conceito de violência doméstica,
novo paradigma das faculdades de Direito Penal e fim da impunidade dos
assassinos. Cada vez mais consolida-se a noção de que a mulher é soberana sobre
seu corpo, tem direito à integridade física, à liberdade sexual (um bem
jurídico protegido pelo Código Penal), à autonomia para tomar decisões e à
vida. A Globonews exibe esta semana o ArquivoN sobre esse caso.
A partir deste caso, as mulheres brasileiras ergueram suas vozes com a campanha "Quem ama não mata". Infelizmente os assassinatos continuam a ocorrer, porém a estrutura de Estado e a formação jurídica desde então vêm passando por mudanças, destacando-se a criação das delegacias da mulher, casas de abrigo, varas judiciais especializadas, o conceito de violência doméstica, novo paradigma das faculdades de Direito Penal e fim da impunidade dos assassinos. Cada vez mais consolida-se a noção de que a mulher é soberana sobre seu corpo, tem direito à integridade física, à liberdade sexual (um bem jurídico protegido pelo Código Penal), à autonomia para tomar decisões e à vida. A Globonews exibe esta semana o ArquivoN sobre esse caso.
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