Os condenados sem processo
A evolução tecnológica viabilizou
novos padrões de consumo. Provavelmente a Humanidade nunca tenha produzido
tanto lixo por habitante quanto nesses tempos modernos. O lixo, dejetos e
restos aparecem visualmente em comunidades pobres. Nos ambientes ricos tudo
desaparece, de forma correta ou não.
A poluição criada pelos sistemas de
transporte é outro efeito tenebroso que indústrias mais desenvolvidas procuram
reduzir. Os planejadores, contudo, negam-se a enxergar a conveniência do não
transporte, urbanismo racional, turismo inteligente, menos luxo e mais saúde.
Dos tempos assustadores da utilização
inconsciente da energia aos de hoje, mais atentos, ainda muito restou a ser
analisado com profundidade, principalmente quando a lógica do enriquecimento
sem fronteiras criou extravagâncias incríveis.
Nesse cenário babilônico o Brasil
caminha com atrasos e incoerências.
País enorme, rico em tudo o que se
possa imaginar, talvez com raras exceções, tornou-se espaço de mineração,
indústria pesada, plantações imensas, criação de animais e postos de trabalho
em condições eventualmente condenáveis.
O Brasil tem “leis modernas” para
orgulho de seus bacharéis, advogados, políticos etc.
Servem para quê?
Mais uma vez a destruição das
florestas aparece de forma assustadora. Áreas de preservação ambiental
tornam-se favelas. O povo condenado à ignorância e sob o efeito de criminosos
diversos, inclusive de processos de lavagem cerebral graças à mídia oportunista
(de tudo, de vícios a religiões), é material de consumo. Seus “bandidos” nutrem
programas de grande audiência, afinal mal conseguem se defender de qualquer
arbitrariedade.
Padrões de exploração apareceram no
Brasil que começou mal e continua ruim.
Nesse mês de agosto de 2019 apareceu
com destaque internacional o pesadelo das queimadas legais e ilegais da
floresta amazônica. Antes que o assunto vire carnaval é bom pensar no que
notáveis pesquisadores descobriram e divulgaram a partir de instituições tais respeitáveis
como a FIOCRUZ e USP e divulgadas pela Rede Globo em 29 de agosto de 2019 [ (Rede Globo,
2019) ,
(FIOCRUZ, 2019) , (Rede Globo - Bom Dia Brasil, 2019) , (FIOCRUZ, 2009) , (USP - Instituto de Física, 2018) ].
Neste enfoque, danos à saúde dos
brasileiros (além do famoso CO2) devemos agora cobrar com rigor do Poder Judiciário,
Ministérios Públicos, Tribunais do Trabalho etc. ações enérgicas contra nossas
autoridades e empresários rurais.
Lembrando que têm organizações de
classe e capacidade para saber que mal fazem a seus trabalhadores, crianças,
seres humanos em geral além da fauna e flora brasileira de norte a sul, leste a
oeste, queremos agora saber o que farão para compensar a tragédia que de tão
rotineira quase é esquecida.
Sempre é bom lembrar que diversos
tipos de fumaça são produzidos nesse processo de exploração do solo nacional.
O debate vergonhoso entre lideranças
sul americanas e estrangeiras abriu uma tremenda ferida.
O que fazer?
Bibliografia
FIOCRUZ.
(23 de 3 de 2009). Resultados de pesquisas comprovam efeitos nocivos das
queimadas à saúde humana. Fonte:
https://agencia.fiocruz.br/resultados-de-pesquisas-comprovam-efeitos-nocivos-das-queimadas-%C3%A0-sa%C3%BAde-humana
FIOCRUZ. (8 de 2019). Queimadas na
Amazônia. Fonte:
https://portal.fiocruz.br/video/queimadas-na-amazonia-inovaensp
Rede Globo - Bom Dia Brasil. (29 de 8 de
2019). Pesquisa traz detalhamento inédito das consequências da fumaça de
queimadas na Amazônia.
Rede Globo. (29 de 8 de 2019). Pesquisa
mostra a relação da fumaça de queimadas com doenças respiratórias e com
câncer. Fonte:
https://perguntar-nao-ofende-pode-incomodar.blogspot.com/2019/08/quem-paga-conta-do-agronegocio.html
USP - Instituto de Física. (28 de 2 de
2018). Os efeitos na saúde das queimadas na região Amazônica. Fonte:
https://portal.if.usp.br/ifusp/pt-br/not%C3%ADcia/os-efeitos-na-sa%C3%BAde-das-queimadas-na-regi%C3%A3o-amaz%C3%B4nica
João Carlos Cascaes
Curitiba, 29 de agosto de 2019
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