quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Os condenados sem Processo - Queimadas, derrubada de florestas, doenças




Os condenados sem processo

A evolução tecnológica viabilizou novos padrões de consumo. Provavelmente a Humanidade nunca tenha produzido tanto lixo por habitante quanto nesses tempos modernos. O lixo, dejetos e restos aparecem visualmente em comunidades pobres. Nos ambientes ricos tudo desaparece, de forma correta ou não.
A poluição criada pelos sistemas de transporte é outro efeito tenebroso que indústrias mais desenvolvidas procuram reduzir. Os planejadores, contudo, negam-se a enxergar a conveniência do não transporte, urbanismo racional, turismo inteligente, menos luxo e mais saúde.
Dos tempos assustadores da utilização inconsciente da energia aos de hoje, mais atentos, ainda muito restou a ser analisado com profundidade, principalmente quando a lógica do enriquecimento sem fronteiras criou extravagâncias incríveis.
Nesse cenário babilônico o Brasil caminha com atrasos e incoerências.
País enorme, rico em tudo o que se possa imaginar, talvez com raras exceções, tornou-se espaço de mineração, indústria pesada, plantações imensas, criação de animais e postos de trabalho em condições eventualmente condenáveis.
O Brasil tem “leis modernas” para orgulho de seus bacharéis, advogados, políticos etc.
Servem para quê?
Mais uma vez a destruição das florestas aparece de forma assustadora. Áreas de preservação ambiental tornam-se favelas. O povo condenado à ignorância e sob o efeito de criminosos diversos, inclusive de processos de lavagem cerebral graças à mídia oportunista (de tudo, de vícios a religiões), é material de consumo. Seus “bandidos” nutrem programas de grande audiência, afinal mal conseguem se defender de qualquer arbitrariedade.
Padrões de exploração apareceram no Brasil que começou mal e continua ruim.
Nesse mês de agosto de 2019 apareceu com destaque internacional o pesadelo das queimadas legais e ilegais da floresta amazônica. Antes que o assunto vire carnaval é bom pensar no que notáveis pesquisadores descobriram e divulgaram a partir de instituições tais respeitáveis como a FIOCRUZ e USP e divulgadas pela Rede Globo em 29 de agosto de 2019 [ (Rede Globo, 2019), (FIOCRUZ, 2019), (Rede Globo - Bom Dia Brasil, 2019), (FIOCRUZ, 2009), (USP - Instituto de Física, 2018)].
Neste enfoque, danos à saúde dos brasileiros (além do famoso CO2) devemos agora cobrar com rigor do Poder Judiciário, Ministérios Públicos, Tribunais do Trabalho etc. ações enérgicas contra nossas autoridades e empresários rurais.
Lembrando que têm organizações de classe e capacidade para saber que mal fazem a seus trabalhadores, crianças, seres humanos em geral além da fauna e flora brasileira de norte a sul, leste a oeste, queremos agora saber o que farão para compensar a tragédia que de tão rotineira quase é esquecida.
Sempre é bom lembrar que diversos tipos de fumaça são produzidos nesse processo de exploração do solo nacional.
O debate vergonhoso entre lideranças sul americanas e estrangeiras abriu uma tremenda ferida.
O que fazer?

Bibliografia

FIOCRUZ. (23 de 3 de 2009). Resultados de pesquisas comprovam efeitos nocivos das queimadas à saúde humana. Fonte: https://agencia.fiocruz.br/resultados-de-pesquisas-comprovam-efeitos-nocivos-das-queimadas-%C3%A0-sa%C3%BAde-humana
FIOCRUZ. (8 de 2019). Queimadas na Amazônia. Fonte: https://portal.fiocruz.br/video/queimadas-na-amazonia-inovaensp
Rede Globo - Bom Dia Brasil. (29 de 8 de 2019). Pesquisa traz detalhamento inédito das consequências da fumaça de queimadas na Amazônia.
Rede Globo. (29 de 8 de 2019). Pesquisa mostra a relação da fumaça de queimadas com doenças respiratórias e com câncer. Fonte: https://perguntar-nao-ofende-pode-incomodar.blogspot.com/2019/08/quem-paga-conta-do-agronegocio.html
USP - Instituto de Física. (28 de 2 de 2018). Os efeitos na saúde das queimadas na região Amazônica. Fonte: https://portal.if.usp.br/ifusp/pt-br/not%C3%ADcia/os-efeitos-na-sa%C3%BAde-das-queimadas-na-regi%C3%A3o-amaz%C3%B4nica



João Carlos Cascaes
Curitiba, 29 de agosto de 2019







Nenhum comentário:

Postar um comentário