Quando pensamos em Ecologia a vontade é até de
chorar lembrando o tempo em que os passarinhos e os peixes eram onipresentes em
nossos rios e florestas. Blumenau, cidade de clima subtropical, imersa na Mata
Atlântica, o espetáculo e a diversidade de plantas, árvores, animais
silvestres, passarinhos e a visão de uma cidade já poluída pelas indústrias,
mas ainda cheia de imagens naturais, era nossa paixão.
O crescimento da população humana
Independentemente de ideologias, religiões e
atavismos o essencial é que precisamos mudar hábitos e padrões de existência.
Todos devem estudar, acompanhar o que se faz em
defesa do meio ambiente, da Humanidade.
O crescimento populacional, falta de
planejamento familiar, conceitos familiares anacrônicos, ignorância.,
esterilidade ambiental e a violência têm criado situações brutais de garantia
alimentar a muitos países
O negacionismo tem sido um processo de não
aceitação e tentativa de desmoralização da Ciência, é extremamente perigoso.
Devemos e podemos viver em harmonia com a
Natureza[2].
A pandemia poderá ser contida, mas a degradação
suicida do meio ambiente é uma realidade.
Enquanto cientistas discutem padrões de vida
outros se empenham em guerras e processos econômicos alienados.
Tratados, acordos, convenções, leis,
instituições e ONGs têm sido vistos como de diversos ângulos, nem sempre bem-intencionados.
Todo eleitor, estudante, adulto ou idoso
precisa saber o máximo possível sobre o significado da Preservação Ambiental, técnicas
e tecnologias.
Bons livros, inclusive em formato digital[3]
existem. As facilidades de aprendizado só aumentam.
A mídia radical atrapalha criando
resistências, mas compreender que a Humanidade e a Natureza em geral sofrem
efeitos antropológicos insuportáveis é essencial à estratégia educacional e
governamental de todas as nações
Estranho é não ver na agenda dos ecologistas e
especialistas e sustentabilidade não falarem de planejamento familiar
A Pandemia
É importante lembrar que a produção de
alimentos cresceu muito mais do que Malthus[4]
previa.
No Brasil vivenciamos e ainda sentimos os
efeitos do êxodo rural. Esse processo se tornou forte o suficiente para criar
comunidades pobres em torno das grandes cidades, assim escolhidas pelos
migrantes pois lá estariam melhor do que em suas roças
Os países mais ricos reclamam do desmatamento
no Brasil, deveríamos rever nossa estratégia de exportações deixando parte
dessa riqueza no Brasil.
Produzimos mais alimentos e as nações ricas
desperdiçam muito mais
O preço foi elevadíssimo. As invasões de
europeus e asiáticos trazendo a tiracolo escravos dizimou povos e o comércio
colocou em contato civilizações favorecendo algumas em detrimento de outras[6].
A mineração[7]
agora é tida como um pesadelo. Ela viabilizou cidades e motivou entradas e a
criação de muitas cidades pelo Brasil
A sociedade humana parece querer se regular
pela violência, mas isso não será suficiente a menos que um conflito mundial
force o reinício da presença humana sobre a Terra ou simplesmente sua extinção.
Nos museus podemos ver móveis e camas usadas
pelos contemporâneos de nossos avós, as diferenças até divertem.
O desafio, contudo, é criar condições de vida
saudável para nossos descendentes. O Planeta Terra continuará existindo após o
nosso desaparecimento, precisamos entender que a Humanidade precisa se corrigir
para garantir a vida de todos os humanos, vida saudável, decente, feliz.
Nesse contexto é importante lembrar o que
perdemos diariamente com a agricultura em espaços crescentes, luxos que exigem
materiais que levaram séculos para existir, água potável, ar respirável, vida
em sua plenitude, que, aliás, nunca existiu.
A violência competitiva do “homo sapiens
sapiens” gerou conflitos que só tiveram um benefício, conter a expansão desse
animal carnívoro que não consegue saciar sua fome e desejos de poder.
Tendo capacidade de evoluir e desenvolver o
cérebro, o corpo e a organização social, tecnológica, intelectual acima de tudo
a Humanidade pode sobreviver aos problemas que criou na lógica do consumismo e
utilização de recursos naturais já saturando.
Precisamos da Natureza. Não somos pedras. A
existência de uma fauna e flora exuberantes assim como lugares e espaços
saudáveis depende do disciplinamento que, entretanto, demanda processos de
educação e culturais que exigem décadas para convencer seres entupidos de
hormônios a se comportarem bem.
A Tecnologia, a capacidade da Humanidade de
usar máquinas, criar armas e similares cresceu mais depressa que sua
inteligência.
Em qualquer lugar da Terra cataclismos poderão
demolir tudo, mas o que é mais provável é a lógica do ódio.
Nossa capacidade de mútuo extermínio nunca foi
tão grande.
Pior ainda é a exploração política de atitudes
negacionistas, agressivas. Nada é pior que a ignorância e a capacidade de não
enxergar.
No Brasil enfrentamos dilemas forjados pela
mídia política que estimulam organizações criminosas a demolir a Amazônia, por
exemplo.
Com certeza podemos e devemos argumentar que
não somos os piores, mas tudo o que somos existe em nosso entorno. Pessoalmente
não estou preocupado com a vida em outro planeta, mas a de minha família, de
meus amigos e amigas, da cidade, do país em que nasci e espero morrer.
Precisamos aprender a viver nesse país de
dimensões continentais.
É triste, tristíssimo lembrar o que já tivemos
e perdemos. Viver em grandes cidades é um modo de perceber o que é desastre
ambiental
Felizmente a Humanidade evolui, mas nosso povo
parece regredir. O que se discute não é a beleza e simpatia de líderes, mas a
nossa existência. Nós mais velhos? Não, a pandemia escolheu nossa geração para
agir com máxima violência. O que assusta é a incapacidade de exercer a
liberdade para a própria evolução. Nesse processo a Democracia é essencial,
apesar de suas fragilidades. Qualquer ser humano ditador cria lógicas egoístas
e perniciosas até para a sua plêiade de admiradores e bajuladores.
A Humanidade ganha um tempo para pensar na
solidão do isolamento social. Poderá estudar, saber sair desse momento da sua
história melhor, poderá também concluir o “pit stop” de forma suicida.
Consciente da necessidade de mudar padrões de
vida grandes nações e a ONU promoveram seminários, congressos, conferências,
trabalhos técnicos etc.
Na recuperação ambiental os serviços
essenciais são peça chave que vai da mobilidade urbana, esgotos, tratamento de
água, produção de combustíveis, eletricidade, transporte aéreo, transporte de
cargas, localização de portos até a saúde pública.
A Cidade do Rio de Janeiro[9] é
um exemplo contundente dos desastres criados por políticos e governantes
irresponsáveis[10]
ou simplesmente ingênuos.
O COP 26 foi mais um com inúmeras conclusões e
recomendações.
Além das questões ambientais há muitos outros
desafios se a evolução for levada a sério. Vencer resistências religiosas,
ideológicas, culturais, atavismos e ódios seculares não é simples.
Não podemos esquecer que os líderes são seres
humanos que envelhecem, ficam doentes, alguns enlouquecem, outros se sentem
frustrados em suas ambições e muito mais.
Cada ser humano eleito para governar tem
limites e formação específica.
O que realmente tira credibilidade do Brasil é
a sua postura leviana em relação a leis, tratados, convenções e até no respeito
à sua Constituição Federal.
Casuísmos[11], “leis
para inglês ver” [12],
PECs
Que esperança podemos ter?
[1]
Essas considerações são destinadas a impedir — e certamente o farão — um
vasto número de pessoas de todas as nações civilizadas
de seguir o ditame da natureza de uma ligação precoce
a uma única mulher. E essa restrição, quase necessariamente, embora
não absolutamente, gera o vício. Entretanto, em todas as
sociedades, mesmo naquelas que são mais corruptas, a
tendência a uma ligação virtuosa é tão forte que há um constante
esforço para o crescimento da população. Este constante
esforço tende a subjugar as classes mais baixas da
sociedade à miséria e a impedir qualquer grande e permanente melhora de
sua condição. O modo pelo qual estas conseqüências se produzem parece ser
este.
Thomas Malthus. Malthus: Ensaio sobre a População
(Coleção Economia Política) (p. 24). Lebooks Editora. Edição do Kindle.
[2][2]
“A natureza fez tudo a nosso favor, nós, porém, pouco ou nada temos feito a
favor dela. Nossas terras estão ermas e as poucas que temos roteado são
mal cultivadas, porque o são por braços indolentes e forçados. Nossas
numerosas minas, por falta de trabalhadores ativos e instruídos, estão
desconhecidas ou mal aproveitadas. Nossas preciosas matas vão desaparecendo,
vítimas do fogo, do machado destruidor, da ignorância e do egoísmo. Nossos montes
e encostas se vão escalvando diariamente e, com o andar do tempo, certamente
faltarão cair chuvas fecundantes, para favorecerem a vegetação e alimentarem
nossas fontes e rios, sem o que, o nosso belo Brasil, em menos de dois séculos,
ficará reduzido aos páramos e desertos áridos da Líbia. Virá então este dia,
terrível e fatal, em que a ultrajada natureza se ache vingada de tantos
erros e crimes cometidos por nós humanos.” (Palavras do Ministro e Senador do
Império do Brasil, José Bonifácio de Andrada e Silva, representando o primeiro
movimento ambientalista brasileiro.)
da Silva, Américo Luís Martins. DIREITO DO MEIO
AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS - Volume 3: Mineração - Petróleo - Populações
tradicionais - OGM - Energia nuclear - Direito Penal Ambiental ... Ambiental
(pp. 24-25). Américo Luis Martins da Silva. Edição do Kindle.
[3]
Este livro, Meio ambiente e sustentabilidade, é fruto dos trabalhos de pesquisa
desenvolvidos na Escola Superior da Advocacia de São Paulo no âmbito do Centro
de pesquisa ESAOAB/SP. A obra resulta de um esforço coletivo de investigação,
estudo e produção de textos científicos sobre meio ambiente, nos seus diversos
âmbitos (natural, artificial, cultural, laboral), e sustentabilidade em suas
múltiplas dimensões (cultural, ambiental, econômica, social, tecnológica,
etc.). Buscamos divulgar as pesquisas realizadas e ofertar à comunidade
(sobretudo à comunidade jurídica) conhecimento científico, reflexões críticas e
aportes teóricos sobre o grande tema “meio ambiente e sustentabilidade”. Nesta
obra, as leitoras e os leitores encontrarão textos sobre a Agenda 2030, e as
múltiplas dimensões da sustentabilidade, tratados e convenções a respeito dos
recursos hídricos, desafios à Política Nacional de Recursos Hídricos e ao
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, empregos verdes durante
a pandemia de Covid-19, proteção jurídica ao patrimônio cultural imaterial,
cidadania e identidade cultural, participação pública sobre questões ambientais
no Brasil e reflexões a partir
de Quintana Figueiredo Pasqualeto, Olívia ; Moreira
Lima Mendes Musarra, Raíssa ; Miranda Lima, Renata ; Célia Martinez, Regina .
Meio Ambiente e Sustentabilidade (p. 11). Edição do Kindle.
[4]
economistas europeus do século 18, quando foi publicada essa obra do inglês
Thomas Malthus, afirmando que a população do mundo crescia em progressão
geométrica enquanto a produção de comida crescia em progressão aritmética. Ou
seja, a população cresceria muito mais do que os alimentos, o que levaria o
mundo a uma miséria permanente. A natureza interviria nos momentos em que o
esequilíbrio atingisse determinado limite, por meio da fome e de pestes. Apesar
de atualmente ser amplamente contestada, principalmente por não ter levado em
consideração a revolução tecnológica na produção agrícola, a teoria de Malthus
fez com que os estudiosos passassem a examinar a demografia mundial como um
fator variável e determinante. Na sua obra mais famosa, Malthus demonstra limpidamente
seu posicionamento ideológico, sua visão filosófica, e deixa patente seu
pessimismo quanto à possibilidade de felicidade humana em vida. Para que melhor
se entenda o Ensaio, devemos ter em mente o momento histórico em que foi
escrito. Na Inglaterra estava em curso a Revolução Industrial, desde,
aproximadamente, 1760, trazendo dramáticas conseqüências para o sistema
produtivo e para as relações sociais na produção. Novos inventos eram
constantemente empregados, tanto na indústria manufatureira quanto na
agricultura. No setor agrícola, que se mostrava incapaz de gerar alimentos em
abundância, a mecanização trouxe um forte motivo adicional para o êxodo de
trabalhadores rumo às grandes cidades.
Thomas Malthus. Malthus: Ensaio sobre a População
(Coleção Economia Política) (pp. 8-9). Lebooks Editora. Edição do Kindle.
[5] UNEP
FOOD WASTE INDEX REPORT 2021
EXECUTIVE SUMMARY
Food waste reduction offers multi-faceted wins for
people and planet, improving food security,
addressing climate change, saving money and reducing
pressures on land, water, biodiversity and
waste management systems. Yet this potential has until
now been woefully under-exploited.
This potential may have been overlooked because the
true scale of food waste and its impacts have
not been well understood. Global estimates of food
waste have relied on extrapolation of data from
a small number of countries, often using old data. Few
governments have robust data on food waste
to make the case to act and prioritize their efforts.
Sustainable Development Goal 12.3 (SDG 12.3) captures
a commitment to halve food waste at the
retail and consumer level and to reduce food loss
across supply chains. This Food Waste Index Report
aims to advance progress on SDG 12.3 in two ways:
• Firstly, it presents the most comprehensive food
waste data collection, analysis and modelling to
date, generating a new estimate of global food waste.
Country-level food waste estimates have
been calculated, and while confidence intervals for
estimates vary by region and by sector, they
offer new insight into the scale of the problem and
into the substantial prevention potential in
low-, middle- and high-income countries.
• Secondly, this report publishes a methodology for
countries to measure food waste, at household,
food service and retail level, in order to track
national progress towards 2030 and to report on
SDG 12.3. Countries using this methodology will
generate strong evidence to guide a national
strategy on food waste prevention, food waste
estimates that are sufficiently sensitive to pick up
changes in food waste over two- or four-year
intervals, and that enables meaningful comparisons
among countries globally.
In complement to the Food Loss Index, developed by the
Food and Agriculture Organization of the
United Nations (FAO), the Food Waste Index covers the
later stages of food’s journey – food waste –
occurring at household, food service and retail level.
https://drive.google.com/file/d/1KTB1mq9sSWXx38bDfvF0PQy0sEKYsgrn/view
[6]
Prefácio A invasão do “Novo Mundo” O ciclo das “descobertas”, ou da expansão do
nascente capitalismo ainda não foi decifrado pela historiografia. Tal momento
abriu as portas para a velha Europa tomar o resto do mundo ainda incógnito para
ela, com todas as consequências desse fantástico movimento de transmigração de
povos pelo planeta. Tentamos reconstituir o caminho de destruição que aquelas
jornadas de conquista e dominação deixaram atrás de si, mas sabemos que uma das
táticas de dominação é justamente apagar o rastro e desaparecer com as marcas
violentas deixadas no processo. Eduardo Galeano, em As Veias Abertas da América
Latina, conseguiu o mais completo registro da passagem das bandeiras de Espanha
e Portugal, como autênticos “cavaleiros do apocalipse” pelas Américas. O
clássico livro de Galeano ainda é o material mais fiel sobre o genocídio dos
nativos americanos, iniciado nas ilhas do Caribe com Cristóvão Colombo, seguido
por Cortez na atual região da América Central e depois pela invasão da grande
região do Tawantinsuyo por Pizzarro, espalhando-se por nosso continente
ameríndio. Seguindo a mesma rota da fome de riquezas, os portugueses
Viezzer, Moema; Grondin, Marcelo. Abya Yala! . Bambual
Editora LTDA. Edição do Kindle.
[7] A
primeira, obviamente, é que em suas veias corria sangue africano. “Mulato” era
a designação que no século xvii, e já na época de conotação pejorativa, se dava
aos filhos da miscigenação entre brancos e negros. A segunda pista diz respeito
à geografia. Antes de seguir para Minas Gerais em companhia dos paulistas
caçadores de índios, o mestiço teria trabalhado em minas de ouro situadas no
atual estado do Paraná, que naquele tempo ainda não existia. A região citada
por Antonil era então parte da capitania de São Paulo e seria promovida a
província autônoma pelo imperador Pedro ii só um século e meio mais tarde, em
1853, tomando de empréstimo o nome do caudaloso rio situado à oeste, hoje na
fronteira com o Paraguai, que os índios chamavam de paranã —“rio grande,
semelhante ao mar”, em tupi-guarani. Até meados do século xvii, havia
exploração de ouro em pequenas quantidades na serra do Jaraguá, dentro do
perímetro urbano da atual cidade de São Paulo, e na região litorânea do hoje
estado do Paraná. No primeiro mapa cartográfico da Baía de Paranaguá, de 1653,
são apontadas as localizações das diversas minas existentes nas vertentes da
Serra do Mar. De lá, subindo por trilhas por onde atualmente corre a bucólica
estrada da Graciosa, os garimpeiros teriam chegado a Curitiba, onde também
havia ouro. Um dos pontos de mineração estava situado nas encostas de um morro
que nos dias atuais é parte do parque do Barigui, uma das maiores e mais
agradáveis áreas verdes da capital paranaense.
Gomes, Laurentino. Escravidão – Volume II: Da corrida
do ouro em Minas Gerais até a chegada da corte de dom João ao Brasil (p. 58).
Globo Livros. Edição do Kindle.
[8] Novo Plano Diretor de Belo Horizonte: mais um passo para o fracasso
O futuro de BH está em jogo. O novo Plano
Diretor irá consolidar uma estrutura urbana espacial ineficiente, trazendo
consequências desastrosas e duradouras. - Thiago Jardim 19 de
dezembro de 2018´´
O futuro de Belo Horizonte está em jogo. Não se
trata de problemas associados a crises econômicas ou desastres naturais.
Trata-se da consolidação de uma estrutura urbana espacial ineficiente e suas
consequências econômicas e sociais, cujos efeitos são tão duradouros quanto a
idade de edifícios. A perspectiva de aumento da restrição à construção com a
redução dos potenciais construtivos do solo urbano, previstos no Projeto de Lei
1749/15 de Belo Horizonte, aprovado no mês passado, reforçará os padrões
ineficientes de desenvolvimento da cidade nas últimas décadas. https://caosplanejado.com/novo-plano-diretor-de-belo-horizonte-mais-um-passo-para-o-fracasso/
[9] As
autoridades conceberam um plano em três dimensões para enfrentar todos esses
problemas. Executar simultaneamente a modernização do porto, o saneamento da
cidade e a reforma urbana. Um time de técnicos foi então nomeado pelo
presidente Rodrigues Alves: o engenheiro Lauro Müller para a reforma do porto,
o médico sanitarista Oswaldo Cruz para o saneamento e o engenheiro urbanista
Pereira Passos, que havia acompanhado a reforma urbana de Paris sob o barão de
Haussmann, para a reurbanização. Aos três foram dados poderes ilimitados para
executar suas tarefas, tornando-os imunes a quaisquer ações judiciais, o que
criou uma situação de tripla ditadura na cidade do Rio. Como era de se prever,
os três se voltaram
Vários autores. História da vida privada no Brasil –
Vol. 3 (p. 19). Companhia das Letras. Edição do Kindle.
[10] O
desejo de ajustar a cidade ideal à cidade real aprofundou a clivagem entre o
“povo” e a “boa sociedade”. O descompasso entre a pujança econômica e a
exclusão social gerou uma série de revoltas que acentuaram as tensões na
sociedade carioca. Os salões da moda, as confeitarias, as conferências
literárias, o Jockey Club, o five o’clock tea, os passeios pelo Botafogo,
Flamengo e pela avenida Central tinham como contrapartida a festa da Penha, os
candomblés, o Carnaval da praça Onze, as rodas de samba, os quiosques e freges,
as favelas e zungas.25 A cidade que se transfigurava em imago a ser imitada
pelo resto do país foi objeto de entronização, via cartão-postal. Nos pequenos
e precários retângulos de cartolina foram fixadas imagens crepusculares do
velho Rio de Janeiro — o Conselho Municipal, ruas, casarios e igrejas que
viraram ruínas. Também aparecem registradas as velhas praças que, ao serem
remodeladas, receberam outra denominação, como a praça da República (antes
campo de Santana), a praça Tiradentes (o velho largo do Rocio) e a praça XV de
Novembro (antigo largo do Paço). Os velhos postais registraram diferentes
perspectivas da cidade, salvando dos escombros uma realidade que se esvaía sob
o tempo do presente do pretérito. Esteio da memória e índice do culto da
saudade, esses postais sublinham um traço fetichista que atestava a
irreversibilidade do processo vivido na cidade.
Vários autores. História da vida privada no Brasil –
Vol. 3 (pp. 420-421). Companhia das Letras. Edição do Kindle.
casuísmo
substantivo
masculino
- 1.
submissão total a ideias, sistemas de
pensamento, doutrinas e princípios de toda espécie.
o
- 2.
argumento ou medida fundamentada em
raciocínio enganador ou falso, esp. em direito e em moral, e baseada muitas
vezes em casos concretos e não em princípios fortemente estabelecidos.
[12] Lei para inglês ver é a expressão
usada no Brasil e em Portugal para leis ou regras consideradas
demagógicas e que não são cumpridas na prática. A origem da expressão tem
várias versões, mas deriva possivelmente de uma situação vivenciada no Período
Regencial da história brasileira referente ao tráfico de escravos.
Lei para inglês
ver – Wikipédia, a enciclopédia livre
[13]
Temos pela frente, então, até 2033, prazo final para a vigência do plano, um
imenso desafio de natureza política e econômica a enfrentar; um futuro de
muitas lutas, em que não poderá haver retrocesso. O volume de recursos
financeiros necessários para investimento é vultoso. Para tanto, consideramos
que esses recursos precisam ser aplicados com qualificação do gasto público na
promoção da saúde e não apenas na prevenção de doenças, muito menos para
enriquecer bancos, empreiteiras, políticos e outros agentes por meio dos ductos
da vergonhosa e insidiosa corrupção, que temos que combater permanentemente. É
necessário considerar o conjunto de princípios e conceitos relevantes no âmbito
da promoção da saúde aqui trabalhado: concepção holística de saúde voltada para
a multicausalidade do processo saúde-doença; equidade; intersetorialidade;
participação social; sustentabilidade; empoderamento; governança; ações
multiestratégicas.
Souza, Cezarina Maria Nobre; Costa, André Monteiro;
Moraes, Luiz Roberto Santos; Freitas, Carlos Machado de. Saneamento: promoção
da saúde, qualidade de vida e sustentabilidade ambiental (pp. 104-105). SciELO
- Editora FIOCRUZ. Edição do Kindle.
Anti-Urbanismo - e ocupação não sustentável do
território. (s.d.). Fonte:
http://www.jauregui.arq.br/antiurbanismo.html
Emenda constitucional. (s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Emenda_constitucional
Índice Global da Fome. (s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre:
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndice_Global_da_Fome
Índice Global do Desperdício de Alimentos da ONU
estima em 121 quilos o desperdício de comida per capita anual. (07 de 01 de 2022). Fonte: EMBRAPA:
https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/59945046/indice-global-do-desperdicio-de-alimentos-da-onu-estima-em-121-quilos-o-desperdicio-de-comida-per-capita-anual
John, T. (07 de 01 de 2022). The 'anti-woke'
crusade has come to Europe. Its effects could be chilling. Fonte: CNN
WORLD:
https://edition.cnn.com/2022/01/07/europe/war-on-woke-europe-cmd-intl/index.html
Pandemia de COVID-19. (s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pandemia_de_COVID-19
Silva, W. S. (2014). Êxodo rural. Fonte:
infoescola.com: https://www.infoescola.com/geografia/exodo-rural/
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